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Ministra da Saúde reconhece níveis baixos de vacinação infantil em Angola

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Vacinação Imagens: angola24horas.com

Redacção

Publicado às 12h17 17/07/2024 - Actualizado às 12h17 17/07/2024

Lisboa – A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, reconheceu que os baixos rácios de cobertura vacinal infantil em Angola devem-se, entre outras razões, ao impacto negativo da pandemia da Covid-19.

Em entrevista a agência Lusa, Silvia Lutucuta adiantou que “é importante realçar que a pandemia da Covid-19 teve um impacto negativo em todos os sistemas de saúde. Sem excepção. De países desenvolvidos, países menos desenvolvidos e com aquela situação, fundamentalmente, houve uma baixa substancial das coberturas vacinais”.

Entrevistada à margem da sua participação no Fórum Euro-África, uma iniciativa da Associação Conselho da Diáspora Portuguesa, que decorreu segunda e terça-feira, em Carcavelos (Lisboa), Sílvia Lutucuta reagia ao relatório apresentado na reunião pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo UNICEF, que coloca Angola entre os dez países que vacinou menos crianças contra a difteria, tétano e tosse convulsa, em 2023.

As estimativas das duas agências da ONU dizem respeito à cobertura nacional de vacinação infantil e destacam ainda, que relativamente ao sarampo, Angola é também um dos países que regista a taxa mais baixa de cobertura, com apenas 50 por cento.

A ministra angolana revelou que, face a situação, Angola está a implementar, desde Junho do ano passado, um plano de recuperação das coberturas vacinais, com o apoio da Aliança Mundial de Vacinas, que tem resultado na recuperação das coberturas vacinais.

“É importante também aqui realçar que o nosso país já é classificado como um país de média renda e sendo um país de média renda perde os apoios que a maior parte dos países em desenvolvimento têm, sobretudo para aquisição de vacinas”, acrescentou.

Valorizou os esforços do Governo de Angola, desde há cerca de oito anos, na aquisição de vacinas, compradas ou adquiridas com recursos ordinários do Tesouro para garantir que as crianças não tenham zero doses e continuem o processo de vacinação.

Sílvia Lutucuta referiu o plano de contingência que as autoridades angolanas desenvolve, para dar resposta ao alerta recente da OMS acerca do registo de casos da varíola dos macacos na República Democrática do Congo, 

Desde o alerta da OMS, salientou, Angola implementou um plano de contingência, com medidas muito assertivas para vigilância epidemiológica, laboratorial e de educação da população, assim como o controlo das fronteiras.

Recorde-se que, a 05 do corrente mês, o Ministério da Saúde de Angola reiterou que o país não registou qualquer caso da doença, após exames efectuados a um caso suspeito, surgido na província da Lunda Norte. 

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