Morreu jornalista Ismael Mateus

Luanda - O jornalista Ismael Mateus Sebastião morreu, na manhã desta terça-feira, vítima de acidente de viação, ocorrido em Luanda.

De acordo com informação policial, o acidente ocorreu cerca das 05h40m, por despiste da viatura em que seguia, na Avenida 21 de janeiro, no sentido Gamek Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro.

A viatura despistou-se e embate contra obstáculos fixos, designadamente uma placa publicitária e uma Árvore.

Ismael Mateus, de 61 anos de idade, à data da sua morte, era membro do Conselho da República e director de Comunicação e Marketing da Endiama.

A partir de 31 de Maio do corrente ano, Ismael Mateus liderava um programa semanal de opinião, denominado "Visão de Ismael Mateus", na TV Girassol.

Também tinha uma coluna semanal, no diário nacional Jornal de Angola, denominada "Praça da Liberdade".

Ao longo da sua vida, Ismael Mateus já foi deputado à Assembleia Nacional, professor de Jornalismo, director-geral do Instituto de Formação da Administração Local (IFAL).

Ismael Mateus foi membro fundador do Sindicato Jornalistas Angolanos (SJA) e comentarista em várias cadeias televisivas, rádios e jornais, além de membro da União dos Escritores Angolanos.

Na Rádio Nacional de Angola publicou textos de opinião, sob os títulos "Dia a Dia na Cidade” e "Bué de Bocas”, enquanto na Luanda Antena Comercial (LAC), escrevia a rubrica "Recados para o meu Chefe”.

Publicou também textos de opinião nos jornais Angolense, Cruzeiro do Sul e Semanário Angolense, tendo lançado o seu primeiro livro, em 1992, com a colectânea de textos radiofónicos "Bué de Bocas”.

Lançou também a obra "Ascensão e Queda, de Bartolas Matias” e, em 2000, foi coordenador da colectânea de textos "Angola a Festa e o Luto”, lançado por ocasião do 25º aniversário da Independência Nacional.

Em 2001, publicou o seu primeiro romance com o título "Os tempos de YaKalaya”.

Com base nas entrevistas por si conduzidas na LAC, publicou, em 2002, o livro "UNITA que Futuro?”, e, em 2003, publicou o livro "Sobras de Guerra”.

Enquanto jornalista, trabalhou na Rádio Nacional de Angola, Rádio LAC, TPA, entre outros órgãos de comunicação social.