Angola defende a eliminação das armas de destruição maciça

Luanda - Angola reconhece a importância da não proliferação e eliminação das armas de destruição maciça, por constituir uma ameaça aos propósitos de paz e da segurança universal, afirmou, esta terça-feira, em Luanda, o secretário de Estado para a Protecção dos Objectivos Estratégicos, Lúcio Gonçalves do Amaral.

Falando na abertura do Seminário Nacional de Sensibilização e Implementação Efectiva da Convenção de Proibição das Armas Biológicas, financiado pela União Europeia, referiu que a concretização plena e eficaz da convenção da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a matéria contribui para os anseios de paz e segurança regionais e internacionais.

“Com esta visão, a Autoridade Nacional para o Controlo de Armas e Desarmamento, responsável pela implementação destes importantes instrumentos de desarmamento, elegeu como prioridades de assistência a revisão da legislação nacional de implementação da Convenção, preparação e submissão do primeiro relatório nacional sobre as medidas de reforço da confiança, de sensibilização e capacitação nacional dos sectores intervenientes no processo”, salientou.

Numa matéria publicada pelo JA Online, Lúcio Gonçalves Amaral é citado como tendo ressaltado os esforços conjuntos do Escritório das Nações Unidas para os Assuntos de Desarmamento (UNODA) e a Parceria Global contra a disseminação de armas e materiais de destruição em massa, assim como o projecto de apoio à universalização e implementação efectiva da Convenção sobre Armas Biológicas em África.

As referidas instituições, adiantou o secretário de Estado, têm apoiado os países africanos e, em particular Angola, no reforço dos programas nacionais de sensibilização e implementação efectiva da Convenção.

"Angola é um país de vocação para a paz, que vivenciou a realidade de conflitos armados prolongados, experiência que reforça o nosso entendimento da importância do controlo de todas as categorias de armas, e o engajamento na materialização dos compromissos assumidos para a implementação de todos os instrumentos internacionais de controlo de armas, não proliferação e desarmamento, de que é parte”, enfatizou.

Garantiu que o seminário tem um grande impacto nas acções futuras, tendentes ao cumprimento das obrigações nacionais e implementação efectiva da Convenção de Proibição das Armas Biológicas e da Resolução do Conselho de Segurança da ONU, nos seus diferentes aspectos.

Encorajou a continuidade de acções similares de capacitação nos Estados-membros da Convenção, com atenção aos países africanos, em especial os de língua portuguesa, para assegurar que os especialistas destes países possam ter a mesma facilidade de entendimento e garantam uma implementação plena e eficaz da Convenção.