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Concessionária do Corredor do Lobito já realizou três mil comboios de carga e passageiros

Comboio transportando mercadoria para a RDC (arquivo) - DR
Comboio transportando mercadoria para a RDC (arquivo)Imagem: DR

21/10/2024 11h45

Luanda - A empresa concessionária do Corredor do Lobito realizou um total de 3.000 comboios de carga e passageiros, desde o arranque das operações em Janeiro deste ano, cuja eficiência ficou consolidada com a utilização de software de sinalização electrónica e gestão da linha, segundo o Jornal de Angola

 A fonte cita o presidente executivo da Lobito Atlantic Railway (LAR) e do Grupo Mota-Engil Angola, Francisco Franca, que falava durante uma mesa redonda da Sika Summit Angola 2024, realizada sexta-feira Luanda, sob o lema "Tecnologia ao serviço da construção".

Sublinhou que desde a assinatura do contrato de concessão, em Novembro de 2022, o consórcio constituído pelas empresas LAR, a Trafigura e a Mota-Engil procedeu uma série de investigações, trabalhos preparatórios de verificação da linha, num exercício que culminou com o levantamento geométrico e geotécnico no sentido de preparar, ao detalhe o investimento necessário para a operacionalização do referido activo.

Nesta altura, avançou, decorrem trabalhos de manutenção da linha, sob responsabilidade da construtora Mota-Engil, a qual assume a qualidade de empreiteira no contrato com duração de 30 anos.

Os trabalhos incidem na colocação de balastros, nivelamento e realinhamento geométrico da linha, numa altura em que também está em curso um investimento no melhoramento da própria linha, que consiste na soldadura dos carris, substituição de cinco pontes, reparação e apetrechamento das oficinas, assim como benfeitorias nos edifícios das 70 estações.

"Utilizámos equipamentos de ponta que já se encontram em Angola, o sistema de sinalização física não estava a funcionar porque grande parte dos equipamentos foi roubada ou vandalizada, pelo que hoje a linha é operada através de sistemas de comunicação navegáveis como rádios VHS e telefones", afirmou. 

De a conhecer que a transferência dos activos do Estado e cerca de 500 trabalhadores para a concessionária constituiu um dos processos mais importantes que antecedeu o arranque das operações, segundo o presidente executivo da LAR, sendo que o quadro orgânico da empresa hoje conta com 800 trabalhadores, dos quais mais de 408 provenientes do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e 128 do Porto do Lobito.

"Os caminhos-de-ferro em Angola são uma tradição, muitos trabalhadores já têm uma certa idade e grande conhecimento sobre a matéria, mas para que as três linhas pudessem funcionar, tivemos que proceder alterações na tecnologia, relacionadas, principalmente, com a gestão do tráfego e de locomotivas", disse. 

Francisco Franca indicou que a construção do Centro Operacional, o qual alberga uma área de gestão de tráfego e área de planeamento e gestão da linha, permite fazer o planeamento diário, semanal e mensal dos comboios de carga e passageiros.

 

Por seu lado, o presidente da Ordem dos Arquitectos de Angola, Vity Claude Nsalambi, informou que a instituição que dirige tem estado a fazer a promoção do uso das novas tecnologias desde 2019, sustentada por um projecto de acção e sensibilização do meio técnico.

Devido às limitações materiais, frisou, a Ordem dos Arquitectos tem dificuldade em colocar em prática os seus programas enquanto organização com vocação para ajudar a criar as condições favoráveis para que a transformação digital aconteça.

"Nesta conformidade, a instituição se limita em sensibilizar o meio técnico para os arquitectos começarem a fazer a migração, por meio de palestras, razão pela qual, nos últimos tempos "já estamos a celebrar vários protocolos de cooperação, memorandos de entendimento e prestar parcerias", sublinhou.

 

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