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Angola trabalha na criação da sua indústria farmacêutica

Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, em Kigali
Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, em Kigali Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 20h41 15/02/2025

Adis Abeba – A ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, em Adis Abeba, Etiópia, que o país tem dado passos na criação da sua indústria farmacêutica, com financiamento do sector privado.

Abordada pela imprensa, esta sexta-feira, à margem da trigésima oitava Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, esclareceu que a criação da indústria visa sustentar o Sistema Nacional de Saúde e facilitar o combate às doenças em Angola.

Revelou que a perspectiva é criar uma indústria farmacêutica nacional com financiamento privado, através da mobilização de empresas de países com experiência, havendo já algumas que se querem estabelecer em Angola.

Sílvia Lutucuta deu a conhecer que a aposta é garantir medicamentos de qualidade, seguros, pré-qualificados e certificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sublinhou que os países africanos preocupam-se com a criação de uma indústria farmacêutica, assunto que tem sido tratado nas organizações regionais, como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), além da União Africana, através do Centro de Controlo de Doenças (CDC) e do escritório regional da OMS.

Segundo afirmou, este assunto tem sido também abordado na Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI), instituição que vai disponibilizar um financiamento para apoiar a indústria farmacêutica em África, sobretudo no fabrico de vacinas.

O Fórum dos Ministros da Saúde, que se realizou a margem da presente Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, enfatizou Sílvia Lutucuta, defendeu a importância de se continuar a mobilizar financiadores para uma indústria farmacêutica forte, principalmente a de vacinas, devido aos vários surtos que vão assolando o continente.

Defendeu a necessidade de uma melhor abordagem sobre o financiamento ao sector da saúde, não só devido ao surgimento de vários surtos (Ebola, Marburg, Cólera, Mpox e Covid-19, entre outros), como também a questão das doenças negligenciadas, como a malária, tuberculose e HIV/SIDA.

Por isso, reconheceu ser importante mobilizar recursos suficientes para a saúde, não apenas do Orçamento Geral do Estado, mas também do sector privado, incluindo seguros de saúde e pagamento directo.

No quadro da trigésima oitava Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, Angola participou num debate de alto nível sobre liderança em saúde, que permitiu uma troca de experiências sobre como é feita a abordagem do financiamento ao sector e o combate aos surtos, tendo o país apresentado o seu plano de combate à Mpox e à Cólera, assim como a malária e o HIV/SIDA.

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