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Finlândia lidera ranking de países mais felizes do mundo

Vista da capital da Finlândia, Helsínquia, em pleno inverno
Vista da capital da Finlândia, Helsínquia, em pleno inverno Imagens: AFP

Redacção

Publicado às 11h30 20/03/2025

Helsínquia - A Finlândia é o país mais feliz do mundo pelo oitavo ano consecutivo, segundo o relatório anual sobre a felicidade, elaborado com apoio da ONU e publicado esta quinta-feira.

Todos os países nórdicos permanecem entre os 10 países mais felizes do mundo, com a Dinamarca, Islândia e Suécia atrás da Finlândia.

Por seu lado, os Estados Unidos da América caíram para o vigésimo quarto lugar, o pior resultado do país desde a publicação da primeira edição do relatório em 2012, quando ocupavam o décimo primeiro lugar, a sua melhor classificação até hoje.

Compartilhar as refeições está fortemente vinculado ao bem-estar, escrevem os autores do estudo, divulgado pela AFP.

O "número de pessoas que jantam sozinhas nos Estados Unidos aumentou 53 por cento, nas últimas duas décadas, adiantas o estudo.

Em 2023, quase 25 por cento dos americanos declararam que fizeram uma refeição sozinho no dia anterior, segundo o relatório.

"O crescente número de pessoas que fazem as refeições sozinhas é uma das razões para a queda do bem-estar nos Estados Unidos", indica o estudo.

Os Estados Unidos também são um dos poucos países que registam um aumento das mortes por desespero (suicídio ou como consequência do consumo excessivo de álcool, drogas, etc.), no momento em que este tipo de óbito está em queda na maioria dos países.

O relatório analisa o comportamento das populações do mundo inteiro, em 2022-2024.

Os países da América Latina com as melhores posições são a Costa Rica e o México, em sexto e décimo lugares, respectivamente.

O Afeganistão, cenário de uma catástrofe humanitária desde que os talibãs retomaram o poder em 2020, volta a aparecer como o país mais infeliz do mundo.

A classificação da felicidade é baseada em uma média de três anos de avaliações pessoais da satisfação com a vida, assim como no Produto Interno Bruto (PIB) per capita, apoio social, expectativa de vida com boa saúde, na liberdade, generosidade e índices de corrupção.

"Parece que os finlandeses estão relativamente satisfeitos com a sua vida", declarou à AFP Frank Martela, professor adjunto especializado em pesquisa sobre bem-estar e felicidade na Universidade Aalto de Espoo, região de Helsinquia.

O resultado pode ser explicado em grande medida pelo facto de que os finlandeses vivem em uma "sociedade que funciona bastante bem", acrescentou.

"A democracia funciona bem, temos eleições livres, liberdade de expressão, níveis de corrupção baixos e, tudo isso, demonstra que é possível prever níveis mais elevados de bem-estar nacional", completou.

Todos os países nórdicos têm sistemas de proteção social relativamente fortes, com licenças de maternidade e paternidade, subsídios de desemprego e assistência de saúde maioritariamente universal, que também contribuem para níveis de bem-estar mais elevados em média.

No relatório deste ano, os autores afirmam ter novas evidências de que actos de generosidade e a crença na bondade dos outros são "previsores significativos da felicidade, inclusive mais do que receber um salário maior".

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